Saiba o que é geração distribuída de energia e como ela funciona

Você sabia que atualmente, no Brasil, os consumidores já podem gerar sua própria energia e fornecer o excedente para a rede elétrica? Neste texto, entenda melhor como funciona e o que é geração distribuída, processo que permite que tanto residências quanto empresas produzam energia a partir de fontes renováveis

Vale lembrar que o Brasil tem um dos melhores índices de insolação do mundo e, ao mesmo tempo, altas tarifas de energia elétrica. Isso significa que a instalação de um sistema para gerar a própria energia é vantajoso tanto para o bolso quanto para a sustentabilidade do consumidor, que, com a geração distribuída, consegue melhorar sua eficiência energética.

Quer conhecer mais sobre o assunto? Continue a leitura do nosso artigo!

Entenda o que é geração distribuída

O termo geração distribuída significa a energia elétrica produzida no local de consumo ou próximo a ele. Isso é feito por meio da instalação de sistemas geradores, conectados à rede pública de energia.

No sistema convencional, a energia elétrica é produzida em grandes usinas e distribuída aos consumidores por meio das linhas de transmissão.

Na geração distribuída, ao contrário, o consumidor gera sua própria eletricidade. Se a demanda for maior do que a geração, é possível usar a energia fornecida pela rede. Mas se houver excedente, o consumidor pode se beneficiar de créditos junto à rede da distribuidora.

A geração distribuída é prevista pela Resolução Normativa 482, de 17 de abril de 2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Além de estabelecer o sistema de compensação (que prevê a injeção da energia excedente na rede da distribuidora), a norma definiu dois sistemas de geração distribuída:

  • microgeração, quando a potência instalada é inferior ou igual a 75 kW (quilowatts);
  • minigeração, com potência entre 75 kW e 3 MW (megawatts) para fonte hídrica ou 5 MW para as demais fontes renováveis (solar, eólica, biomassa e cogeração).

Conheça as regras da geração distribuída

A principal regra estabelecida pela Aneel é o sistema de compensação. Para fornecer ou receber energia da rede, os consumidores precisam estar conectados e, por essa razão, as concessionárias cobram uma taxa de manutenção, denominada Taxa de Disponibilidade.

Quando o consumidor fornece energia para o sistema, recebe créditos, que são descontados da conta de energia elétrica. Os créditos podem ser utilizados em até 60 meses.

Outra regra estabelecida pela agência reguladora é a chamada geração compartilhada, que permite que os consumidores se unam a um consórcio ou cooperativa para instalar uma microusina de geração, que beneficia todo o grupo.

Essa é uma alternativa interessante para empresas que têm filiais, por exemplo, desde que todas as unidades estejam dentro da área de abrangência da mesma concessionária.

Como o setor de energia distribuída está em expansão, em 2019, a Aneel pretende aprimorar a regulamentação do mercado, de forma a promover seu crescimento sustentável. Uma das questões que deve ser revista é a taxa de uso dos fios das linhas de transmissão.

Fique por dentro das vantagens da geração distribuída

Além de garantir uma matriz energética mais sustentável para o país, a geração distribuída também proporciona grandes benefícios aos seus usuários:

  • independência da energia elétrica fornecida pela rede e de possíveis variações tarifárias;
  • economia de até 95% nas contas de energia elétrica, o que também contribui para que o investimento se pague mais rapidamente; 
  • baixo custo de manutenção;
  • imagem positiva perante a comunidade e os consumidores.

A geração distribuída está em crescimento no Brasil e no mundo. A Alemanha, que tem menor potencial de insolação que o Brasil e investe nesse mercado desde 1991, é referência mundial no tema. Japão e Estados Unidos também ocupam papel de destaque no setor. Já no Brasil, os consumidores começaram a entender o que é geração distribuída há poucos anos. 

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